quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Sacola, sacolão, sacolinha...

E segue, embora já perdendo fôlego, a polêmica das ações dos supermercadistas de São Paulo em busca de alguma mudança no problema do Excesso de sacolas plásticas que infestam as cidades, rios e oceanos.

Na minha visão, o melhor aspecto desta mudança é a cobrança por parte dos estabelecimentos de valores unitários por sacolinha oxibiodegradavel e a não distribuição "gratuita" das antigas sacolinhas. Mas porque?

Em primeiro lugar, não existe conhecimento sobre a biodegradabilidade das sacolas oxibiodegradaveis e teoricamente o amido de milho que é incluído na fórmula apenas garante que a sacolinha irá "desaparecer", mas esse desaparecer não é o mesmo que se biodegradar, já que o amido funciona como uma "cola" entre moléculas de plástico, a cola desaparecendo as moléculas de plástico continuarão existindo pelo mesmo tempo que as moléculas das sacolinhas normais, apenas não estarão visíveis. Mas qual a consequência de não estarem visíveis? ninguém sabe! Então não dá ainda pra dizer que são melhores ou piores que as antigas. 

Porém o fato de as novas sacolinhas serem cobradas individualmente fará com que a população tenha um pouco mais de consciência a respeito de quantas sacolinhas utiliza, e fará que ao menos uma parte da população passe a refletir se realmente precisa de tantas sacolinhas assim apenas para acondicionar seu lixo, já que se a consciência ambiental não dói (até por nem existir), o bolso sempre dói e sempre faz pensar.

Eu particularmente estou atônito, embora já devesse estar acostumado! Pois é justamente contra este fator que a população se mobiliza, utilizando argumentos, no mínimo pouco inspirados, como dizer que as antigas sacolinhas eram de graça! Ora, nenhum comerciante dá nada de graça para ninguém, a diferença é única e exclusivamente que o custo das sacolinhas está embutido na mercadoria, exatamente como o custo dos funcionários, da energia elétrica, do imóvel, e todos os outros custos "gerais" do estabelecimento.

Isso demonstra que o problema ambiental não é "culpa" do governo, e sim nossa culpa, da sociedade, da população, pois é a nossa visão comodista/consumista que nos leva a criticar as ações que efetivamente podem gerar alguma mudança pois preferimos "exigir" do governo soluções "mágicas" que mudem a situação, sem custo financeiro ou de nossa comodidade!

E ai? já deixou de usar as sacolinhas? Tem alguma solução melhor? Conta ai?

Um comentário:

  1. Pois eu sou a favor das sacolinhas de plástico no mercado. Odeio mercados que fazem propaganda da venda da sacola retornável: ganham na propaganda, na venda da dita cuja, na venda de saco de lixos e ainda colocam-se como "bonzinhos" para o meio ambiente.
    Retornável sou contra, mas a alternativa de oxibio-seilaoquê parece boa.

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