terça-feira, 28 de fevereiro de 2012

Foco no possível!

Temos tanto o que fazer! são tantas as necessidades de ação, informação, transformação na sociedade urbana de Porto Alegre em busca de um modo de vida sustentável, que as ideias brotam facilmente, e sem um foco adequado é fácil perder-se apenas no mundo das ideias, ao menos para mim que tenho esse perfil.

Depois das primeiras conversas com aqueles que se dispuseram a fazer uma parceria, depois de ouvir suas ideias, conhecer suas realidades e potencialidades o projeto, ou sua primeira fase vai focar no que é possível iniciar quase que imediatamente.

Então agora já temos uma estrutura básica em torno da qual o trabalho irá iniciar, é claro que sempre estamos abertos a novas idéias, a novas possibilidades, a ajustes e melhoria.

Em função das características dos nossos parceiros, que são grupos formados por crianças, adolescentes e jovens, o inicio do trabalho será de ações totalmente vinculadas a educação ambiental.

A ideia básica é iniciarmos com capacitação sobre resíduos sólidos, sua separação e classificação. Desta capacitação serão derivadas duas ações:

Uma delas de pesquisa sobre os hábitos da população local em relação aos resíduos sólidos e de conscientização desta mesma população em relação a importância da coleta seletiva de resíduos e da destinação adequada de substâncias complexas como eletrônicos, baterias, lâmpadas, etc.

Outra ação seria a de construção de composteiras para que os jovens possam recolher e tratar semanalmente os resíduos orgânicos de suas famílias, transformando-os em compostos orgânicos para utilização posterior.

O plano é partir então para a capacitação em relação a arborização urbana, o plano e as técnicas de manejo desta arborização em Porto Alegre. Colocando este aprendizado em prática através da "adoção" de algumas das 10.000 mudas que serão plantadas anualmente pela SMAM, utilizando-se como insumos básicos os compostos orgânicos das composteiras, buscando assim garantir a "pega" destas mudas e colaborar com a melhora no índice de arborização da nossa cidade.

Finalizando esta primeira fase do projeto, planejamos a capacitação destes jovens em relação a consumo consciente e seus impactos, principalmente na questão da correta utilização da água e da energia.

Em linhas gerais os planos são estes, mas volto a frisar que criticas, sugestões e novas ideias são muito bem vindas e este plano base pode ser aprimorado.

Para transformar esse plano base em um planejamento detalhado precisamos de ajuda! Precisamos agregar conhecimento técnico detalhado, precisamos de educadores ambientais.

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Luzes, câmera... planejamento

Hoje mais uma reunião de trabalho com o Chefe Giuliano Tramontini do Grupo de Escoteiros Souza Lobo sobre o projeto de ação ambiental voluntaria... aos poucos vamos dando mais foco no possível. Procuro agora por Educadores ambientais voluntários para compormos um "currículo" ou um "programa" de educação ambiental para jovens de 8 a 18 anos focado em: resíduos urbanos e compostagem, reflorestamento urbano - cuidados com as árvores, consumo consciente... mas aberto a acréscimos.


Muito feliz com a receptividade!


E tu tá fazendo o quê? Só reclamando dos políticos?

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Sustentabilidade na Prática - Vivenciando um exemplo

Feriado de carnaval, calor, praia, sombra e "água" fresca certo???

Não, desta vez foi diferente e foi beeeeem legal!
Passei o Feriado em um evento no Refúgio Carpediem, em Presidente Lucena.

Foi um tempo de inúmeras e imensas lições, de diversificadas experiências e vivências, e de muito, muito aprendizado e contentamento.


O Refugio Carpediem é um lugar impar. É um espaço de eventos em meio a mata nativa, onde cada intervenção humana foi planejada e executada pensando na sustentabilidade, pensando em não agressão ao meio-ambiente e foi principalmente pensando em ser exemplo do que é possível fazer em termos de sustentabilidade.



Construções feitas com materiais ecológicos, com esgoto de águas negras ecologicamente tratados.



Algumas com telhado vivo, outras com telhas de fibras vegetais, outras com telhas de barro reaproveitadas e todas buscando iluminação e ventilação natural.



Mas apesar dessa visão sustentável, todas respeitam nossos costumes comodistas e cotam com toda a infraestrutura necessária para que nós moradores das cidades nos sintamos confortáveis e bem acolhidos.
Grande lição: ensinar pelo exemplo e não impor um modo de vida!

Mas como todos estes exemplos não dava pra seguir com costumes não tão ecológicos. No dia de maior calor, ao invés de solicitar um ventilador, fiz a cama na sacada e dormi absurdamente bem, sem nenhum inconveniente e com a consciência mais tranquila do que nunca!

Muito Obrigado Dani, Muito Obrigado Charles, além das muitas lições do evento em si, as lições do espaço de vocês, da acolhida de vocês, do carinho e dedicação de vocês e principalmente destes exemplos foram inestimáveis!


quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Sacola, sacolão, sacolinha...

E segue, embora já perdendo fôlego, a polêmica das ações dos supermercadistas de São Paulo em busca de alguma mudança no problema do Excesso de sacolas plásticas que infestam as cidades, rios e oceanos.

Na minha visão, o melhor aspecto desta mudança é a cobrança por parte dos estabelecimentos de valores unitários por sacolinha oxibiodegradavel e a não distribuição "gratuita" das antigas sacolinhas. Mas porque?

Em primeiro lugar, não existe conhecimento sobre a biodegradabilidade das sacolas oxibiodegradaveis e teoricamente o amido de milho que é incluído na fórmula apenas garante que a sacolinha irá "desaparecer", mas esse desaparecer não é o mesmo que se biodegradar, já que o amido funciona como uma "cola" entre moléculas de plástico, a cola desaparecendo as moléculas de plástico continuarão existindo pelo mesmo tempo que as moléculas das sacolinhas normais, apenas não estarão visíveis. Mas qual a consequência de não estarem visíveis? ninguém sabe! Então não dá ainda pra dizer que são melhores ou piores que as antigas. 

Porém o fato de as novas sacolinhas serem cobradas individualmente fará com que a população tenha um pouco mais de consciência a respeito de quantas sacolinhas utiliza, e fará que ao menos uma parte da população passe a refletir se realmente precisa de tantas sacolinhas assim apenas para acondicionar seu lixo, já que se a consciência ambiental não dói (até por nem existir), o bolso sempre dói e sempre faz pensar.

Eu particularmente estou atônito, embora já devesse estar acostumado! Pois é justamente contra este fator que a população se mobiliza, utilizando argumentos, no mínimo pouco inspirados, como dizer que as antigas sacolinhas eram de graça! Ora, nenhum comerciante dá nada de graça para ninguém, a diferença é única e exclusivamente que o custo das sacolinhas está embutido na mercadoria, exatamente como o custo dos funcionários, da energia elétrica, do imóvel, e todos os outros custos "gerais" do estabelecimento.

Isso demonstra que o problema ambiental não é "culpa" do governo, e sim nossa culpa, da sociedade, da população, pois é a nossa visão comodista/consumista que nos leva a criticar as ações que efetivamente podem gerar alguma mudança pois preferimos "exigir" do governo soluções "mágicas" que mudem a situação, sem custo financeiro ou de nossa comodidade!

E ai? já deixou de usar as sacolinhas? Tem alguma solução melhor? Conta ai?

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Hoje tive a primeira reunião de trabalho na tentativa de formar um grupo, um movimento de ação ambiental. Foi uma reunião de alinhamento de expectativas e trocas de ideias e experiências com o Sr. Roberto do Grupo Escoteiro Marechal Osório 56RS. Foi muito interessante ouvir as experiências e realizações do grupo, bem como as dificuldades entradas, além é claro do interesse num movimento de ação, de mão na massa. Saí consciente de que o caminho é árduo e longo, mas muito motivado!
Agora é botar a mão na massa, aproveitar as descobertas e oportunidades abertas na conversa para qualificar e dar concretude ao projeto, além de aproveitar essa dose de motivação para maximizar a busca por outros interessados e possíveis parceiros.
E ai, alguém a fim de um trabalho voluntario ambiental?