Está ocorrendo neste Momento aqui em Porto Alegre o FST(Fórum Social Temático), que é uma variação do famoso e praticamente extinto Fórum Social Mundial.
A Temática deste ano é a sustentabilidade, sendo mais presente a sustentabilidade ambiental.
O Fórum tem programação de aproximadamente 1000 eventos espalhados pela cidade e arredores, com oficinas, workshops, palestras, mesas redondas, shows, etc...
O Assunto é de grande interesse para este Blog, e assim que o trabalho me permitir estarei participando de alguns destes eventos e talvez falando mais profundamente a respeito.
Mas este Post é para comentar sobre um outro aspecto interessante para reflexão e preocupante para quem é um ativista ambiental que é a quase total menosprezo da população de Porto Alegre para com o Fórum como espaço de discussão e reflexão.
Afora algumas entidades e movimentos consolidados e já envolvidos com sustentabilidade o que tenho ouvido do restante da população é reclamação sobre os impactos do Fórum no dia a dia(trânsito principalmente) e comentários do tipo: "aquele acampamento de Ripongas", "aquela gente que não tem nada pra fazer", etc.
Triste perceber que a população continua tão alheia ao problema da sustentabilidade e pior ainda menos consciente de que a mudança é sua responsabilidade!
Mas refletindo um pouco mais, penso que esse desprezo da população não é exclusividade do Fórum, acontece também em relação a outros aspectos bastante diversos, como as artes por exemplo é normal ver esse mesmo menosprezo em relação a Bienal do Mercosul ou aos festivais de cinema alternativo. São várias as "Trisbos" ("Ripongas" ou "Artistas plásticos") que realizam grandes eventos que não conseguem dialogar com o restante da sociedade e sustentam-se apenas da participação, do contato e das ideias de seus semelhantes, num "canibalismo" de ideias que me preocupa, e me preocupa fundamentalmente porque não aparece nas reflexões da sociedade e nem das "tribos canibais", como se vivessem em mundos totalmente desconectados ou alternativos.
Para pensar: Como romper os limites da "Tribo" e provocar o debate e atenção da sociedade para o problema da sustentabilidade?